segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Planos de Aula para o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio da Revista Nova Escola

Aqui estão os links para acessar os planos de aula para os Anos Finais e Ensino Médio de História, feitos pela Revista "Nova Escola".

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

Além dos planos de aula, também existem textos para formação do professor e mais uma série de materiais para o trabalho e suporte em sala de aula.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Gincana "desonesta" como introdução à Revolução Francesa


Prof. André Pereira Rocha
Analista Educacional PIP CBC – História
SRE Caxambu

Título: Gincana “desonesta” como introdução à Revolução Francesa.

Ano: 8º ano

Tópico/Habilidade: 11 – Revoluções liberais: industrial, americana e francesa. / 11.1 – Compreender o contexto das revoluções e seus impactos para a constituição do mundo contemporâneo de cidadania., 11.2 – Conceituar historicamente no contexto das revoluções: república, liberalismo e cidadania.

Objetivo: Levar os alunos a compreender a estrutura de desigualdade existente na França de meados do século XVIII. Levantar hipóteses acercas dos motivos que levariam a população a se revoltar com as estruturas. Pontuar as principais características dos embates sociais.

Aulas previstas: 1 aula

Recursos: Os recursos vão depender do contexto de sala de aula do professor. As perguntas e questões que deverão ser formuladas anteriormente devem levar em consideração a rápida resposta, assim, espera-se que elas sejam de conhecimento pleno dos alunos.


1º momento: Como a dinâmica visa o apenas introduzir o conteúdo, o primeiro momento deve tomar no máximo metade de uma aula. Para iniciar, é necessário a divisão da sala em três grupos distintos, que será divido a critério do professor. Esses grupos representarão os 3 Estados franceses e o Monarca do período pré-revolucionário, característica essa que só será revelada pelo professor posteriormente. O primeiro grupo representará o Rei francês, assim, deve ser escolhido um menino e uma menina que ficarão à frente da sala, junto ao professor. O segundo grupo não deve ultrapassar 1/3 da sala de aula, que representará o clero e a nobreza. O terceiro e maior grupo, o restante da sala de aula, deverá se reunir no fundo da classe e representarão o 3º Estado: a população.

Um pergunta será posta a cada grupo, e a cada resposta certa um ponto será somado a um placar que o professor deve construir no quadro. A diferença é que, na grande maioria das vezes, o primeiro grupo, pode decidir pelos outros. Eles podem dizer que uma resposta está errada, mesmo quando ela estiver certa, e retirar um ponto ganho dos adversários. O segundo grupo, do clero e aristocracia, só poder ter essa possibilidade quando se referir ao 3º grupo.

2º momento: Após algumas rodadas e a visualização clara da existência de beneficiamento de determinados grupos, principalmente o que representa uma minoria, o professor deve levantar a questão do conteúdo que será trapalhado por eles: o da Revolução Francesa. Deve-se pautar principalmente no que se refere às Assembleias dos Estados para explicar as divisões dos grupos propostas na gincana e, nesse momento, especificar o porque da quantidade e a representação de cada um. A partir das primeiras especificações o professor deve se voltar à revolta, principalmente sobre os motivos para o início e ligá-los ao sentimento de cada um quando dos benefícios às minorias na gincana.

Os direcionamentos da aula podem variar de acordo com a sala, muitas delas respondem muito bem à gincana enquanto outras podem ficar “apáticas” ou extremamente desordenadas. As estratégias para superar tais adversidades dependerá da condução do regente, já que o objetivo proposto é gerar uma tensão.

Conceituação do Nazifascismo pela perspectiva de Walt Disney


Prof. André Pereira Rocha
Analista Educacional PIP CBC – História
SRE Caxambu

Título: Conceituação do nazifascismo pela perspectiva de Walt Disney.


Ano: 9º ano

Tópico/Habilidade: XI – Ascensão do nazifascismo na Europa / - Compreender o processo de ascensão dos regimes extremistas de direita na Alemanha e Itália.

Objetivo: Utilizar documentação imagética do período da Segunda Guerra Mundial. Interpretar as características pontuadas pelos episódios reproduzidos. Relacionar o contexto de produção dos desenhos com relação aos acontecimentos referentes ao surgimento dos partidos de extrema direita na Europa e a reação dos demais países a essa política. Inferir os motivos para o início da Segunda Guerra Mundial.

Aulas previstas: 2 aulas.

Recursos:

Pré-requisitos: Para melhor compreensão do conteúdo proposto, espera-se que o professor já tenha exposto as principais características do regime nazifascista, pontuando principalmente a noção de superioridade racial (ariana), o antissemitismo, a noção do estado centralizado e os ideais de militarismo e expansionismo.


1º momento: Num primeiro momento será exibidos os dois episódios da Disney que retratam o regime nazista, que juntos têm uma duração de 18 minutos. A importância de repassar todas as informações sobre os desenhos, assim como suas datas de criação e como temos que interpretar uma obra de humor, são fundamentais. 

                                                     "Educação para a Morte", 1943

                                      "A face do Fuehrer", 1943. Vencedor do Oscar de melhor 
                                                           curta-metragem no mesmo ano.


Na mesma aula, será proposta aos alunos a leitura da biografia de Walt Disney, pontuando a necessidade de sabermos quem é o autor das obras e o quanto sua história e seus objetivos influenciam sobre nossa interpretação histórica. Levando em consideração o direcionamento do conteúdo, e tendo como fonte a Wikipédia para a biografia, levaremos os alunos a buscarem as informações relevantes e condizentes para esse momento, assim como marcá-las para futuras retomadas. Pede-se que esse texto seja levado pelos próprios alunos e que eles mesmos busquem e levem os resultados de suas próprias pesquisas. Mas levando em consideração que alguns podem não levar, o professor pode providenciar algumas cópias da biografia já mencionada.

2º momento: Num segundo momento, que deve ter seu início numa segunda aula, o professor direcionará uma discussão com os alunos, esta que será posteriormente posta por escrito. Assim, algumas questões básicas serão colocadas junto a eles como:

  • Os episódios exibidos retratam qual realidade? Qual foi seu período de criação?
  • Nesse período, o mundo estava passando por quais eventos?
  • De acordo com os desenhos, o que foi retratado pelo autor era bom ou ruim?
  • Quais são as principais características expostas por ele nos episódios?
  • Qual era a intenção e quais eram os objetivos de Disney com episódios como estes?
  • Qual era a nacionalidade do autor?
  • Qual era o envolvimento de seu país com os acontecimentos deste período?

O objetivo fundamental nesse momento é fazer com que os alunos analisem as principais características dos regimes nazifascistas e os motivos que levaram o mundo à Segunda Guerra Mundial à partir da perspectiva dos desenhos selecionados. Muitas outras questões podem ser inseridas nesse quadro de questões, levando em consideração o contexto e a necessidade em sala de aula.

Por fim, o professor pedirá aos alunos para produzirem um texto e sintetizar todas as análises feitas em conjunto durante a aula. O exercício visa criar, inicialmente, a discussão para posteriormente cada um poder dar sua própria conclusão do que foi discutido. Os resultados disso podem ser usados em outros momentos, como no estudo da própria guerra ou na introdução da Era Vargas e as aproximações e semelhanças entre os regimes.

Descobrimento marítimo nos séculos XV e XVI



Profª. Cátia Regina de Oliveira Motta
E. E. Nilo Peçanha – Itamonte

Título: Descobrimento marítimo nos séculos XV e XVI

Ano: 7º ano

Objetivo: Refletir sobre as razões que levaram os europeus a empreenderem uma verdadeira odisséia rumo ao desconhecido.

Tópico/Habilidade: 3 – Os primeiros europeus: os portugueses do reino. / 3.1 – Identificar e caracterizar a cultura europeia portuguesa nos séculos XV e XVI., 3.2 – Analisar o contexto e motivações para o início da colonização portuguesa no Brasil.

Características e práticas: Primeira Abordagem: a questão do medo e o que levou a sua superação. Segunda abordagem: a visão de mundo construída sobre o desconhecido.

A Cartografia como apoio didático: Ao construir suas sociedades e desenvolver suas culturas, os grupos humanos transformaram o ambiente natural e organizaram o espaço de acordo com suas necessidades e possibilidades. Os mapas são representações desse espaço, percebido pelos seres humanos do passado ou do presente.

Os mapas históricos e geográficos são representações que oferecem pistas sobre como os grupos humanos, em territórios específicos, concebem e constroem diferentes sociedades.
Eu chamo as atividades desenvolvidas de “brincando com mapas e com o imaginário”, convidando os alunos para observarem as representações atuais do espaço social local e a existência de uma nova fronteira muito retratada nos filmes: o espaço sideral.

Através desta atividade lúdica, induzo os alunos a tentarem compreender as dificuldades emocionais e da tecnologia de cada época, assim como as imagens construídas do desconhecido pelo senso comum.

A Iconografia: No processo de aprendizagem, a iconografia é um recurso importante para o conhecimento. Lidar com fontes e linguagens diferentes, principalmente visuais, requer certas habilidades que podem ser desenvolvidas pelo exercício constante do olhar, que envolve observar, identificar e compreender o significado das imagens.

A iconografia, seja uma fotografia ou a reprodução de uma obra de arte (pintura, escultura, gravura, desenho ou caricatura, por exemplo), em suas diversas técnicas e suportes, pode ser usado para a interpretação histórica e tornar um documento imagético tão importante quanto a documentação manuscrita ou impressa.

Há um ponto em comum entre a documentação iconográfica e a escrita: ambas são fundamentalmente representações da realidade. Isto é, expressam versões a respeito dos eventos históricos e carregam intencionalidades. Algumas dessas representações estão bastante impregnadas no imaginário das sociedades.

Considerando esses pontos, a análise das imagens é realizada em três grandes etapas, que são consideradas portas de entrada para conteúdos relacionados com o eixo temático principal, permitindo inclusive, pela disponibilidade de tempo, uma abordagem em assuntos que não constam no CBC, como, por exemplo, o Renascimento Europeu, a Reforma e a Contrarreforma. Em relação ao CBC, o aprofundamento de temas sobre a colonização portuguesa na América e outros.

Outro recurso utilizado é a pesquisa em sala através do celular (Wi-Fi) e a sala de informática.
  1. Primeiramente, o que chamamos de observação, envolve os conteúdos a que a imagem remete lembranças de outras imagens semelhantes e uma troca de impressões entre os alunos – é a etapa do contato.
  2. A identificação temática da imagem, na qual o aluno relaciona com os assuntos que foram objetos de estudo e com suas próprias experiências. Os alunos são estimulados a expressar-se verbalmente, relatando as impressões provocadas pela imagem que está sendo analisada.
  3. Reconstrução do contexto da reprodução da imagem.
Vale ressaltar que também temos como objetivo o desenvolvimento da consciência histórica, que se desdobra em duas dimensões complementares: a consciência de si e a consciência do outro, que nos leva ao reconhecimento da alteridade.

Resultados Obtidos: Essa explanação é apenas uma das estratégias e recursos utilizados no trabalho (considerando todo o contexto de ações que não constam neste documento). O resultado ainda está sendo analisado. O crescimento contínuo baseado na percepção do aluno, através de exercícios, tem sido satisfatório e criado possibilidades em sala de aula de auxiliar os alunos com maior dificuldade, tanto de identificação quando de interpretação.
É interessante ressaltar que este trabalho considera os descritores sugeridos em reunião (alguns deles) a serem trabalhados em sala, o que reforça o trabalho interdisciplinar realizado entre os professores e diálogo constante com a equipe pedagógica.

Bibliografia Básica:
COLTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Vol. 1, São Paulo: Editora Saraiva, p. 4-18.

Encartes Pedagógicos da Revista de História da Biblioteca Nacional

Aqui está o link para vocês conseguirem o acesso aos Encartes Pedagógicos da Revista de História da Biblioteca Nacional.


Todas as escolas da rede estadual de Minas Gerais receberam uma assinatura desta revista, mas em minhas visitas, não vi esse material em nenhuma biblioteca. Mas como todo ele está disponível online, podemos ter o mesmo aproveitamento e uso. Grande parte dos direcionamentos estão para os 8º e 9º do Ensino Fundamental Final e os anos do Ensino Médio.

Este material proporciona um rico trabalho com textos, contidos nas próprias revistas. Assim, podemos fazer com que nossos alunos trabalhem e se habituem com um material mais denso que o existente nos livros didáticos. Todos os recursos para a realização das aulas estão disponíveis no site.

Levando em consideração, ainda, os suportes necessários, muitas outras práticas podem ser desenvolvidas à partir daqui. A proposta é justamente sair do óbvio existente nos livros didáticos e do que é comumente trabalho em sala de aula. Os temas abordados visam a análise de uma visão histórica, construída por historiadores através de inúmeros trabalhos. Se o nosso foco é formar um aluno consciente de sua função histórica, crítico e autônomo, é um material indispensável para o desenvolvimento de trabalhos em sala de aula.